Monday 29 June 2020

Quando o Mundo Parou II

Tirana Airport 2020

 
A nossa aventura na Albania! 🙂
Em Março de 2020, já estavamos dentro do avião quando nos informaram que o país tinha entrado em lockdown devido à pandemia que se começava por esta altura a sentir na Europa. 
 Nas formalidades de entrada, mediram-nos a temperatura e perguntaram se tinhamos estado recentemente em Itália. Por sorte, no final de Fevereiro, tinhamos conseguido mudar a viagem de Verona, para Zurique e lá nos deixaram entrar. Não havia transportes publicos, e a policia só nos deixou passar porque o motorista privativo do Tirana International Hotel foi-nos buscar ao aeroporto. Mesmo assim fomos muito bem recebidos. Deram-nos um upgrade para um dos quartos renovados e ainda ligaram ao chef do restaurante para que pudessemos experimentar um prato típico albanês, além das várias opções à la carte. Não havia cafés ou restaurantes abertos, por isso todas as nossas refeições foram feitas por lá. Ainda bem que ao ultimo minuto tinhamos optado por um bom hotel. Aliás, acabamos mesmo por tirar imenso proveito da fantástica localização e da esplanada do hotel, que tem uma vista invejável da Skanderbeg Square.
 Apesar de tudo, o tempo estava bom, um sol lindo de primavera fazia-se sentir e foi optimo andar a explorar a cidade, e tirar fotos com as ruas completamente desertas…
 No ultimo dia, eramos só 5 hospedes e assim que fizemos check out, o hotel fechou. Conhecemos um casal Inglês durante o pequeno almoço, que andava há 4 meses a dar a volta ao Mundo (e ainda tinham + 4 meses pela frente), que nos contou que já tinham sido expulsos de 3 outros hoteis pois estes tinham fechado! Acho que só se aperceberam da gravidade da situação quando os informei que os voos de regresso das varias companhias aereas estavam quase todos cancelados. 
Claro que na altura foi um susto, mas agora até achamos piada... 
Nem sonhavamos com o que ainda por aí vinha!

Friday 17 April 2020

Room with a View - Rio


View from our Room @ Yoo2 Rio de Janeiro

Thursday 16 April 2020

O Mundo Parou


«o mundo parou. e tivemos de descobrir um nova forma de vida, em que temos de olhar, ouvir e falar para nós próprios. confinados 24 horas às nossas casas, devia ser o momento de parar e viver um pouco mais o "eu". mas, engraçado, sinto que continuamos todos a fugir dessa coisa de ficar sozinho. multiplicam-se as calls de grupo, os directos, os mil memes que me enchem a memória do telefone, os webminars sobre tudo e mais alguma coisa, os conselhos dos psicólogos para não deprimirmos sozinhos, as mil sugestão de livros, jornais e filmes para vermos... que cansaço! 
é que afinal o ruído continua. só que agora não é na rua - é nas nossas mãos e olhos. não sei se é pior. 
dou por mim a ter de tirar o som do telefone, a apagar as notificações das mil redes, e a lutar para não ser sempre o cromo que não instalou a última trend das apps de festas online. mas qual é o problema? qual é esta necessidade extrema de atenção, proximidade, presença, seja lá o que for que procuram? é bom estarmos sozinhos. é bom estarmos confinados com aqueles que estão aqui, à distância do abraço. claro que podemos falar com todos, saber de todos. ter uma palavra de carinho, de preocupação. mas não precisamos, de repente, de sermos o melhor amigo-motivador-animador-alma gémea de todo o mundo.
por isso, respirem. 
abram a janela à noite e fiquem parados, apenas a desfrutar o silêncio. ponham aquela música em repeat durante uma hora, abram um vinho, e deixem-se estar ali, na beira da varanda, sem mais qualquer distração. num loop lento, a acalmar o cérebro, a baixar a adrenalina. este mundo louco obrigou-nos a isto, então que se apanhe a boleia - não para desenhar um livro cheio de teorias, mas para conhecermos primeiro a nossa própria teoria. aproveitar para - sem pressa -, reflectir muito no que já vivemos. no que ainda nos falta. no que queremos fazer depois, de quem queremos ter por perto depois. e não tem mal em fazer escolhas. agora é o momento certo para escolher - porque amanhã podemos mudar de opinião, temos tempo. porque não há pressa. porque nada vai ser já daqui a pouco. » josé damião

Créditos: às nove no meu blog

Tuesday 14 April 2020

Spring Clean


Foto: The White Company

Monday 13 April 2020

Capri

A Italia é um país de inegável beleza. 
Seguramente um dos meus destinos favoritos, ao qual tive já oportunidade de regressar por diversas vezes. Em 2001, numa viagem a dois a Roma, descobrimos um Tour pela Costa Amalfitana que incluia uma visita pela ilha de Capri. Pareceu-nos a escapadinha ideal para ficarmos a conhecer um pouco mais a Riviera Italiana e essa imponente e impressionante ilha.

No dia marcado, saímos cedo pela intitulada "Auto-estrada do Sol", atravessando a belíssima região da Campânia até Nápoles. Lá chegados, apanhamos o ferry que nos levaria há ilha e quarenta minutos depois desembarcavamos em Capri.

A ilha é mesmo muito bonita. Uma profusão de pequenas casas coloridas, quase sobrepostas, parecem desafiar as vertiginosas escarpas em direcção ao mar. É rasgada por finíssimas estradinhas ondulantes, onde serpenteiam pequenos táxis, amarelos ou brancos, semelhantes a carrinhos de golf, que utilizamos para subirmos à montanha, Anacapri. Aqui as vistas são mesmo de cortar a respiração! Não só pela beleza do sítio, mas pelos marcados precipícios.  Almoçamos na esplanada de um hotel, rodeados por uma refrescante e exótica vegetação, e em seguida aproveitamos o nosso tempo livre, para explorar um pouco o centro turístico. Em cada esquina as grandes marcas italianas marcam presença, lembrando-nos que a ilha é um dos destinos favoritos da elite italiana. Capri, conjuga beleza e elegância.

Uma das suas principais atracções é a famosa "Grotta Azzurra". Centenas de turistas fazem fila para os pequenos barcos a remos que os transportam ao interior da gruta. Dependendo das condições do mar poderá ou não, ver-se um espectáculo único de luzes e reflexos na água, segundo dizem. Isto porque apesar de ter feito o tour de barco, acabei ficando tão mareada que nao consegui apreciar nada e nem saí do barco para o pequeno barco a remos que me levaria ao interior da gruta. 

De regresso, apanhamos o ferry com destino a Sorrento. Novamente tempo para uma curta visita pelo centro historico e para provar o famoso licor Limoncello. O  regresso a Roma fez-se desta vez pela Via Marítima, que recomendo vivamente, tendo como panorama de fundo um belissimo pôr do sol e o negro e imponente Vesúvio.

Tuesday 9 October 2018

Deep


Tell me somethin' girl
Are you happy in this modern world?
Or do you need more?
Is there somethin' else you're searchin' for?

I'm falling
In all the good times 
I find myself longin' for change
And in the bad times I fear myself


Shallow Lyrics, from a Star is Born Soundtrack


Fomos ao cinema sem grandes expectativas. 
Que boa surpresa!

Monday 9 April 2018

On Repeat

When you get older, plainer, saner
When you remember all the danger we came from
Burning like embers, falling, tender
Long before the days of no surrender
Years ago and well you know
Smoke 'em if you got 'em
'Cause it's going down
All I ever wanted was you
I'll never get to heaven
'Cause I don't know how
Let's raise a glass or two
To all the things I've lost on you
Oh oh
Tell me are they lost on you?
Oh oh
Just that you could cut me loose
Oh oh
After everything I've lost on you
Is that lost on you?

LP - Lost On You, lyrics

Thursday 16 November 2017

Reflexos

"Nenhum ser humano esquece o dia em que o pai morreu. Dizem que é o momento em que nos tornamos adultos e o futuro nos é confiado como a chave de uma mansão de que somos enfim herdeiros. Fingimos que assumimos a vida como senhores do nosso destino, mas a orfandade nada nos oferece a não ser a solidão dos que se descobrem entregues à sua sorte.
Vivi essa tragédia pessoal numa jornada estranha, uma daquelas tardes em que tudo parece suceder ao mesmo tempo, como se Deus jogasse com a nossa desgraça tirando-nos com uma mão o que nos dá com a outra. A vida tem, aliás, destas coisas. Tropeçamos nos anos como se estivéssemos anestesiados, não passamos de sonânbulos a vaguear por um sonho cujos contornos mal discernimos, perdidos num labirinto tecido pelos mistérios que assombram os caminhos abertos diante de nós. De repente, como por encanto, ou talvez graças a um desconcertante passe de ilusionismo, os acontecimentos aceleram e tudo se precipita."


José Rodrigues dos Santos, O Homem de Constantinopla