Descobri há alguns meses a blogosfera.
Sentia-me bastante sozinha, apesar de me encontrar rodeada de pessoas no meu dia a dia. Faltava-me algo. Inicialmente deixei-me andar em surdina, pé ante pé a ler alguns blogs.
Descobri imensas pessoas que estavam a passar pelo mesmo que eu. Pessoas que tiveram que deixar uma vida para trás, um país, alguns forçados, outros pela aventura, mas todos a descobrir um mundo novo. E assim teria continuado, em silêncio, se não me tivesse deparado com uma pessoa que me fez querer partilhar o meu mundinho, as minhas experiências, alguém que assumia a sua simplicidade, o não ser uma pessoa perfeita, o ter momentos altos e baixos, a força e coragem (e mais algumas coincidências que partilhamos) por ela demonstradas, levou-me a querer criar o meu próprio espaço, o meu cantinho, o meu blog.
No entanto é com imensa pena que veja noutros blogs exemplos negativos da blogopsfera. Na verdade acho que todos criamos imagens na nossa cabeça. Imagens que muitas vezes não correspondem á verdade, imagens pré-concebidas e muitas vezes preconceituosas dos outros, mesmo não os conhecendo. É pena que muitas vezes as palavras, sentimentos ou emoções que os outros tentam descrever sejam mal interpretadas, usadas para magoar ou até para se sentirem superiores aos demais. Não quero alimentar guerras, mas também não quero ser vitima de uma. Há tempos deparei-me com um comentário menos simpático num blog alheio acerca da profissão que por acaso exerço.
Gostaria só de deixar bem claro, que por essas e por outras é que eu adoro trabalhar com crianças. As crianças são puras de coração, não são dissimuladas e não julgam as pessoas. Não trocava um único abracinho sentido dos meus meninos, um único "I love you Mrs Marshmallow", pelas profissões muito importantes que essas pessoas possam ter.
Por último deixem-se de merdas que a vida é curta, e "presunção e água benta cada um toma a que quer".